Reedição atualizada de um livro que marcou a discussão sobre o cinema brasileiro. Bernardet analisa documentários dos anos 60 e 70 - Viramundo, ABC da greve, Opinião pública, Aruanda, entre outros - enfocando a relação dos diretores com a temática popular. Inclui ensaios inéditos sobre filmes como Cabra marcado para morrer e Os anos JK. A partir da última década do século XX, o cinema documentário ressurgiu com força e recuperou prestígio no Brasil, tornando-se um gênero cultuado pela nova geração de realizadores. A reedição de Cineastas e imagens do povo, publicado originalmente em 1985 pela editora Brasiliense, permite compreender melhor as tendências recentes e as inovações do cinema brasileiro contemporâneo, em diálogo com a tradição. O múltiplo Jean-Claude Bernardet - crítico, professor, pesquisador, historiador, escritor, roteirista, ator e cineasta - parte da linguagem dos filmes para analisar os conflitos ideológicos e estéticos dos cineastas na sua relação com a imagem do povo. O autor estuda filmes como Viramundo, de Geraldo Sarno, ABC da greve, de Leon Hirzman, Opinião pública, de Arnaldo Jabor, Aruanda, de Linduarte Noronha, Porto de Santos, de Aloyisio Raulino, Greve, de João Batista de Andrade, e Subterrâneos do futebol, de Maurice Capovilla, entre outros. Bernardet também comenta filmes que se relacionam com os documentários analisados, como Barravento e Terra em transe, de Glauber Rocha, Garrincha, alegria do povo, de Joaquim Pedro de Andrade, Memórias do cárcere e Vidas secas, de Nelson Pereira dos Santos. Cineastas e imagens do povo ultrapassa seu objetivo inicial e propõe uma formulação teórica sobre o cinema brasileiro como um todo. Esta reedição atualizada inclui também filmografia inédita e novos ensaios, sobre Cabra marcado para morrer, de Eduardo Coutinho, Os anos JK, de Sílvio Tendler, O homem que virou suco, de João Batista de Andrade, entre outros filmes.